Uma viagem ditou o resto da minha vida. Uma só, a primeira, bastou para saber que independente do que faça, como ou com quem esteja vou sempre viajar. Não regressei sozinha dessa viagem. Voltei com a pele queimada, a mala repleta de quinquilharia, conchas, saquinhos de areia e fotografias de coisas que não interessam a ninguém. Mas deixa que te diga como estava a minha alma… Revigorada de felicidade, de cultura, novos sorrisos e fantasias tornadas realidade.
Não há nada que se compare à recompensa de uma viagem. Como se o meu corpo absorvesse tudo o que cheiro, toco e vejo. A minha mente delira com as possibilidades infinitas de cenários, as mãos querem os novos toques, o nariz pede odores desconhecidos, os olhos exigem todas as imagens e alma pede novos amanheceres e todos os pores-de-sol.
Desde a primeira viagem que me prometi um novo lema de vida. Todos os anos queria um país diferente, um sítio novo, sem espaço para desculpas. Como não cumprir as minhas próprias promessas? E assim é, mais do que isso até. Em onze anos conto com dezasseis países, e a contar. Onde estive, como, porque e com quem fui, vão ser esmiuçados futuramente e aqui. O principal foco é descrever a minha liberdade e prazer quando exploro outro pedaço deste mundo infindo, e não tanto o que fazer ou formas de gastar e comer. Quero que sintas o mesmo que eu quando piso terrenos desconhecidos, quero que saibas o que me move e o porquê de todos os anos cumprir o meu objetivo. Aqui vais ler por onde estive, vou estar e onde desejo muito ir. Não sou rica, livre de responsabilidades, contas ou consciências. Eu sou como tu, com o mesmo motor mas combustível diferente. Posso provar-te o quão fácil é viajar, basta só largares comodismos, confortos, fobias e redirecionares euros.
A vida é tão curta e o mundo é tão imenso! Vamos a isto?
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