Éramos ainda só os quatro quando, naquela noite, passeávamos pelo Fórum Aveiro em família. Aborrecidas começámos na picardia e a jogar ao “fica-te” (este é o jogo onde nunca te podes ficar. Se eu te tocar tens de me perseguir e tocar de volta, não te podes ficar). As pancadas…
Uma tarde solarenga, as andorinhas a cantar, tu na banca de mármore a cozinhar e eu, em plano de fundo, a planear o próximo disparate. Não me lembro do que fiz ou disse, talvez tivesse sido desobediente ou desafiadora. Certamente não se tratou de um comportamento divino ou exemplar. Pousaste…
Foste o primeiro dos primeiros, a cobaia, o palco de histórias, o cúmplice de longas chamadas, o amparo de tantas lágrimas e o espectador de risos e roncos. Foste fabricado sem direção assistida ou ar condicionado, mas escolhi-te mesmo assim. O porquê da minha escolha não importa. Foste o primeiro…
Se tivesse num campo de batalha a primeira pessoa que escolhia para lutar a meu lado eras tu. (Sim, começo assim.) Indubitavelmente. Sei que derrubarias tudo e todos a meu lado, defender-me-ias mesmo se estivesses ferida, nunca acobardavas e se tivesses que dar a tua vida por mim sei que…