Hoje sem esforço ou nada que fizesse prever voltei a recordar-te. Sem saudade ou culpa, porque reviver não é pecado ou escolha.
Lembrei de quando encaixavas a cabeça no meu peito, como as crianças que procuram conforto e abrigo. Sempre que o fazias os meus braços recebiam-te de imediato. Uma das minhas mãos acariciava-te a cabeça e a outra percorria as tuas costas. Sentia-me capaz de te proteger de todos e para sempre, imunes a qualquer dor. Só eu e tu, no meu peito.
Não sei se alguma vez o disse, mas era este o meu momento favorito. Este e não outro qualquer. Este tão simples, tão cru e tão nosso. Por algum motivo o meu peito não esqueceu e talvez por isso, hoje, sem esforço ou aviso me lembrei de ti. Outra vez.
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