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Esta é para ti, que vives dentro de mim. Sem convite, sem pagar renda. Que te alimentas da minha fragilidade, da falta de amor que me tenho e das minhas expectativas que esperam, eternamente, uma boleia que chega à velocidade de uma tartaruga. Quem te convidou? Pertences à noite, criatura…

Sentada na cadeira ripada de metal, na varanda que admira a calla St. Elia, relembro como cá vim parar outra vez. E sozinha.  Nem sei o que sinta. Despedi-me do grupo a quem mostrei Malta. Vi-as, uma a uma, a passar a porta de embarque e procurei a minha. Aterrei em…

Pousei o telemóvel e ganhei tempo. A vida correu devagar. Hey! O querer saber dos outros desapareceu, o querer que saibam de mim também. Vesti o manto da invisibilidade, só existi para mim. O comboio abrandou, o tempo parou e a roda… Essa continuou sem mim. Como esperado e sem…

É Pappy, parabéns! Seguido de um sorriso malandro, epá, obrigada! Um abraço desajeitado, um almoço de domingo, um soprar de velas, um presente improvisado e uma máquina fotográfica em punho. Tantas vezes o fizemos, tantas vezes pareceu déjà vu, sempre a mesma coisa… E hoje, parece o quê? Onde quer…

Estás aí? Tem dias que gostava, que queria mesmo, que desejo mesmo, segurar a tua cara nas minhas mãos. Ter a tua cara entre as palmas das mãos, perguntar se estás aí. Aí dentro. “Ainda estás aí?” Tem dias que tenho medo. Muitos dias que tenho medo. Principalmente quando estou…

Quando a saudade aperta tudo é motivo para voltar a Portugal. Assim que resgato a mala do tapete, há adrenalina. Há ansiedade de me sentir em casa, de querer o conforto de infância que lá fora não encontro. No entanto, quando a azáfama acalma, reconheço que quanto mais retorno mais…